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Cultura do estupro: múltiplas faces de uma mesma perversidade! — Católicas pelo Direito de Decidir

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Cultura do estupro: múltiplas faces de uma mesma perversidade!

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Por Católicas pelo Direito de Decidir

Ainda estamos estarrecidas frente ao ato abominável cometido contra a garota de 16 anos no Rio de Janeiro. Choramos o seu choro, sofremos com sua dor. Mesmo distante lhe enviamos nosso abraço e acolhimento e nos colocamos a seu lado. Porque ELA somos TODAS nós! Esta ferida também é nossa, e não nos é permitido curá-la.

Infelizmente este não é um caso isolado, a cada hora 11 mulheres sofrem estupro no Brasil, e a cada caso a chaga aberta é ainda mais lesionada com a negação do estupro como estupro, da violência como violência, nos relembrando dolorosamente nossa vulnerabilidade diante de uma cultura que legitima, minimiza e favorece toda sorte de violência e abusos cometidos contra nossos corpos, mentes, consciências e destinos!

Não existe ambiente, roupa, comportamento, crença, absolutamente nada, que nos mantenha seguras diante desta cultura que culpabiliza a própria vítima pela violência sofrida. Ela está impregnada nas mentalidades e se manifesta em cada frase de: “Não é estupro”, “Ela gosta de sexo grupal” “Porque você estava sozinha a noite? ” “Mas com essa roupa também queria o quê?!?”.

Quando o prazer sexual é negado às mulheres, está se reforçando a cultura do estupro! A mensagem passada é de que ela deveria ser santa e que se gosta de sexo pode ser estuprada, porque na mentalidade machista e misógina estupro tem a ver com sexo e não com violência que é o que realmente é!

Quando nos são impostos padrões tais como “belas, recatadas e do lar” está se reforçando a cultura do estupro!

Quando a homossexualidade é negada às mulheres está se reforçando a cultura do estupro, pois legitima uma mentalidade doentia de “estupro corretivo”.

Quando é negada a capacidade ética das mulheres tomarem decisões sobre seus corpos, tomando como justificativa questões de ordem religiosa está se reforçando a cultura do estupro.

Quando se impede que os planos de educação tragam como uma de suas metas a eliminação das desigualdades e violências de gênero está se reforçando a cultura do estupro.

Também se reforça a cultura do estupro quando religiões constroem e normatizam o imaginário sobre a mulher como “Santa”, “mãe abdicada” um ser quase assexuado não fosse a sua missão e obrigação de procriar, naturalmente é claro, tendo cumprido com as normas do matrimônio reconhecido social e religiosamente.

A negação do direito das mulheres decidirem pela interrupção da gravidez, inclusive em caso de estupro é, assim também, um reforço à esta cultura perversa.

É por isso que a nomeação de Fátima Pelaes nos chega como mais um golpe nesta, já tão dolorida, chaga aberta. A futura secretária invocando crenças religiosas desrespeita a liberdade, autonomia e direitos das mulheres sobre seus corpos e suas vidas. Desrespeita também o Estado que deve ser laico e atuar em prol da garantia do direito de todas as pessoas!

Ao dar mais valor à um embrião que à vida humana constituída, à liberdade e autonomia de uma mulher, deposita nesta cultura favorável ao estupro mais um substrato que elimina a responsabilidade social, cultural, política e religiosa para jogá-la de um só golpe sobre os ombros feridos das mulheres.

Esta cultura perversa do estupro possui muitas faces, podemos reconhecê-las caminhando pelas ruas, andando em transportes públicos, trabalhando, em conversas de bar, ou mesmo no conforto de nossas casas assistindo a tramas globais e propagandas grotescas. E se você olhar no espelho de seus valores morais e religiosos talvez reconheça uma delas! Você até pode não ser quem golpeia, mas é possível que seja quem amole as facas!