Católicas parabeniza Globo pela abordagem sobre aborto no Na Moral

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Autoria: Católicas

Nota:

O aborto inseguro é a terceira causa de morte de brasileiras. Segundo o Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 1 milhão de abortos por ano e 180 mulheres morrem após o aborto inseguro, principalmente as jovens, pobres e negras.

Os dados são alarmantes e têm impulsionado, ao longo das últimas três décadas, a atuação de diversos grupos de mulheres e feministas que lutam pelos direitos, dignidade e saúde das mulheres. Católicas pelo Direito de Decidir está entre esses grupos.

Em geral, o aborto é tratado de forma parcial e irresponsável por religiosos e políticos fundamentalistas que não reconhecem a necessidade do debate público, não respeitam as condições das mulheres que recorrem ao aborto, e tentam barrar e retroceder as políticas e legislação que minimamente garantem os direitos dessas mulheres.

Recentemente, o movimento de mulheres assiste estarrecido a uma tentativa desses senhores de aprovar um projeto de lei que proíbe as mulheres de abortarem, mesmo tendo sido estupradas, que tenham risco de vida durante a gestação e o feto seja anencefálico.

O debate público tem se dado graças a luta das mulheres ativistas, mas para que a população entenda todas as questões relacionadas ao aborto, sem mentiras fundamentalistas nem sensacionalismo, é necessário que comunicadores e comunicadoras de fato comprometidos com questões de interesse público abram espaço para esta discussão de forma responsável.

A abordagem que a produção e o apresentador do programa Na Moral deram ao problema do aborto no Brasil, na edição que foi ar no dia 29 de agosto, foi interessante visto que expôs minimamente opiniões diversas sobre a questão, mas, sobretudo trouxe números, dados, diferentes realidades das mulheres que recorrem ao aborto e os preconceitos em torno do assunto.

Católicas parabeniza a iniciativa da TV Globo e reitera a importância de que esta e outras emissoras e empresas de comunicação cumpram de fato seu papel informativo e educativo, tratando questões de interesse público sem preconceito e com respeito aos direitos humanos.