São muitas as formas de opressão e violência contra as mulheres. Algumas são explícitas porque marcam nossos corpos, outras são veladas porque a sociedade machista e alguns religiosos fundamentalistas fazem questão de esconder.
Em É pokas, a cantora e compositora feminista Lívia Cruz denuncia o machismo no Brasil e suas consequências para a vida das mulheres.
A música, que faz parte da campanha Católicas na Luta pelo Estado Laico e contra os fundamentalismos, é lançada às vésperas do Dia Internacional de Luta pelo Fim da Violência contra as Mulheres.
Confira a entrevista que fizemos com Lívia.
Católicas: Como você acha que sua música pode contribuir com a luta das mulheres?
Lívia: A música é muito importante pra mim, no meu cotidiano, eu me curo com música. Tenho certeza que É pokas, minha provocação, vai tocar as pessoas. A arte faz as pessoas refletirem e às vezes as pessoas nem sabem que estão passando por uma situação de violência, mas quando elas ouvem uma música, elas se identificam, veem sua história ali na letra.
Católicas: Qual sua opinião sobre o fundamentalismo no Brasil?
Lívia: Eu acho que é um artifício para defender interesses pessoais, essas pessoas que usam discurso religioso para justificar as ações delas estão, na verdade, querendo defender interesses pessoais, justificar o que fazem pela riqueza, coisas que não visam o bem do coletivo. É muito simples entender o que faz bem para o coletivo, e eles querem é ficar ricos.
Católica: Quais são suas bandeiras de luta?
Lívia: Feminismo e Hip Hop. Minha instituição máxima é o hip hop. Minha principal referência neste gênero musical é a Lauryn Hill, mas curto muito outros gêneros e artistas. No Brasil gosto do trabalho da Marisa Monte e Reginaldo Rossi.
Assista e compartilhe o vídeo É pokas de Lívia Cruz.
Acesse o canal de Lívia Cruz no You Tube!
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