As mulheres cubanas, herdeiras das mais fiéis tradições heroicas da América Latina e Caribe, nos solidarizamos com todas as causas nobres e justas do mundo.
Hoje, estão se proliferando na região, ações de diferentes conotações políticas, econômicas e sociais que respondem a um plano de desestabilização da esquerda e dos movimentos progressistas.
Diante da situação que vive a América, nós cubanas apoiamos os povos que lutam para manter um governo de esquerda e progressista. Da terra de Martí, de Fidel e Raúl, continuaremos condenando as políticas ditatoriais, as guerras e fins neoliberais dos governantes e seguidores pagos, que só favorecem os mais ricos.
A situação política que atravessam nossos irmãos, povo do Brasil, também é nossa causa. Por meio de artimanhas, querem arrebatar o poder de um governo legítimo, eleito por voto majoritário das e dos brasileiros. O mandato de Dilma Rousseff incomoda as elites, porque priorizou os mais pobres, os que não tem, a quem levou pela primeira vez programas sociais de grande escala.
Nós, mulheres da nossa região, temos a responsabilidade de nos unirmos urgentemente, hoje mais do nunca, para impedir que se desarticule a integração de nossos povos que tem custado infinitas perdas humanas. Uma vez mais, a pátria americana nos convoca. Respondamos ao legado histórico que nos deixaram Vilma, Manuela Sáenz e outros exemplos de mulheres que, no momento em que viveram, entregaram sua inteligência, sua força e seu impulso. Mantenhamos seus sonhos e esperanças de batalhar por um mundo melhor.
Iniciativas regionais, que se mantem como exemplo eficaz de integração latinoamericana (ALBA, MERCOSUR, UNASUR e a CELAC) não poderão ser detidas por nenhuma força imperialista. Sobra em cada nação, em cada irmão e irmã, a coragem de construir uma nova América, sem exploradores exploradas, como José Martí sonhou, herói nacional da independência de Cuba.
Do nosso povo, que tem resistido por mais de 50 anos às ameaças e às mais cruéis ações do imperialismo, reafirmamos o compromisso de solidariedade com o governo democrático do Brasil e nosso mais firme apoio a sua presidenta, Dilma Rousseff.
Seguiremos construindo alternativas para a integração, seguiremos lutando por uma América de paz, mais justa e equitativa. Nos levantaremos cada dia para buscar um novo caminho de batalha. Nós, mulheres da América, somos parte desses povos guerreiros: nem nos cansamos, nem nos rendemos.