Católicas pelo Direito de Decidir lança ebook com dados de sua pesquisa de opinião pública sobre aborto e educação sexual nas escolas
A organização Católicas pelo Direito de Decidir acaba de lançar ebook contendo as três partes da pesquisa encomendada ao IBOPE Inteligência, realizada em fevereiro de 2017. Entre os principais dados estão a revelação de que 64% dos brasileiros entendem que a decisão a respeito do aborto deve ser da própria mulher, o crescimento notável do percentual de brasileiros que discorda da prisão de mulher que recorreu ao aborto e que maioria da população brasileira é favorável à Educação Sexual nas escolas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de fevereiro de 2017. Foram entrevistados 2002 brasileiros com 16 anos ou mais, em 143 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança utilizado é de 95%.
Os dados referentes à primeira parte da pesquisa foram amplamente repercutidos pela imprensa. Em matéria exclusiva ao Correio Braziliense, Rosângela Talib, coordenadora de Católicas, reafirma que os resultados demonstram que, para a sociedade em geral, a vida reprodutiva da mulher é questão de âmbito privado e não de nenhuma instituição. “É importante que os deputados, senadores e o presidente conheçam o posicionamento da sociedade, que não condiz com o que está sendo estipulado por nossas lideranças”, afirma.
A segunda parte da pesquisa também foi divulgada de forma exclusiva na coluna do jornalista Leonardo Sakamoto. Em guestpost, Maria José Rosado Nunes, presidenta de Católicas, pontua que “os senadores parecem não dar ouvidos à opinião de milhões de cidadãos e cidadãs” ao refletir sobre como os dados da pesquisa provam que os avanços de leis contra os direitos das mulheres andam em descompasso com a opinião pública. A maioria dos brasileiros é contra a prisão de mulheres que recorrem ao aborto, e a lei deve refletir essa posição e garantir a segurança das mulheres.
A última parte da pesquisa foi divulgada também de forma exclusiva em matéria de capa no HuffPost Brasil. Regina Jurkewicz, coordenadora de Católicas, afirma que “é uma questão civilizatória reconhecer que pessoas vivem sexualmente de forma diferente, não só heterosexual.” A pesquisa reflete que 84% da população brasileira está aberta para esta ideia, apoiando a discussão gênero nas escolas.
Em um momento de ofensiva fundamentalista sobre os corpos e vidas das mulheres, o ebook com os dados da pesquisa é material fundamental para apoiar debates, conversas, pesquisas e ações que promovam mudança de mentalidade.
Baixe o ebook abaixo e compartilhe as informações para garantirmos os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.