No dia 21 de março é celebrado o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial. Apesar de mais da metade da população brasileira ser composta por negros e negras, o país vive cotidianamente com as violências provocadas pelo racismo.
O racismo está nas desigualdades sociais e econômicas, no genocídio da população negra, principalmente a jovem e periférica; está na truculência policial, na seletividade penal e nos cárceres desumanos; está na intolerância contra as religiões de matriz africana; está na violência doméstica, no feminicídio, na violência obstétrica e nos abortos clandestinos que afetam majoritariamente as mulheres negras.
Ações como a ampliação de cotas raciais nas universidades e a efetivação de leis como a 10.639/03 (sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana) são apenas algumas das obrigações que o Estado brasileiro deve cumprir para diminuir as desigualdades raciais no país. A luta é ampla e as reivindicações são muitas.
Nós, católicas feministas, acreditamos que não existe democracia sem igualdade racial. Um país justo e democrático deve reconhecer suas dívidas históricas para com as populações mais atingidas pela violação de direitos.
Católicas pelo Direito de Decidir
(21/03/2019)