No estado mais rico e “desenvolvido” da Federação – entre muitas aspas, especialmente para a população feminina – vivemos em plena Idade Média! Exigir exame de virgindade em concurso público é aviltante. De onde se resgata a ideia de que mulheres devem “guardar-se virgens” até se casarem? Não é excessivo pensar-se nas influências de caráter religioso que rondam governantes por todos os lados. Particularmente, quando candidat@s à eleição ou reeleição ou se tornam repentinamente pessoas “de fé” ou, já o sendo, tomam doutrinas da sua religião como normas para tod@s. A submissão de legislador@s e executiv@s a normas e doutrinas religiosas por cálculo eleitoral é por demais conhecida nossa. O problema é que, além de violar direitos constitucionais de cidadãos e cidadãs que não tem qualquer referência religiosa e não desejam ter suas vidas reguladas por tais normas, essa submissão afeta de forma direta a vida das mulheres e da população LGBT, na medida em que políticas públicas destinadas a tod@s @s cidadãs e cidadãos do país são implementadas ou não, conforme se tenha a aprovação desses setores. Regular o Estado – em nível local ou nacional – pelo ideário de organizações religiosas das quais participam @s próprios governantes ou seus familiares é ter a cidadania regulada pela religião. Estamos, de fato, em plena Idade Média!
Católicas pelo Direito de Decidir
Leia matéria Concurso da Secretaria de Educação de SP pede comprovante de virgindade do jornalista Davi Lira publicada no Portal iG São Paulo nesta quarta-feira, dia 6 de agosto de 2014. A matéria foi publicada no link: https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-08-06/concurso-da-secretaria-de-educacao-de-sp-pede-comprovante-de-virgindade.html