O que é o paraíso para você?

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A ideia de “paraíso” carrega em si um imaginário disseminado ao longo dos séculos pela Igreja Católica. Toda imaginação carrega um desejo de tornar-se realidade. Por isso, quando falamos em paraíso, falamos de algo que pode ser experimentado na vida, isto é, não somente no céu, mas na Terra, no cotidiano. Mais do que uma abstração, o paraíso que Católicas pelo Direito de Decidir defende – e luta para construir! – é um país onde todas as pessoas sejam livres para decidir.

Esse paraíso não precisa ser inalcançável nem reservado a poucos. O paraíso que queremos erguer é para todas, todos e todes – um paraíso que ressoe na vida do povo, pulsando na ampliação e na garantia de direitos.

Com essa missão, Católicas pelo Direito de Decidir lançou, em dezembro de 2024, o bloco “Me Eleva ao Paraíso”. Mais que um bloco carnavalesco, é um movimento que transcende o calendário e pode desfilar em qualquer dia do ano. Afinal, queremos um paraíso cotidiano!

O nome do bloco foi inspirado na canção Penitência, composta por Gabriel Valentina e interpretada por Rodrigo Ciampi. Em sua poética alegoria cristã, a música traz ao centro o corpo e o erotismo, numa bela e intensa declaração: “Idolatre o gozo/ Não há pecado/ Vida vã/ Haverá desejo depois de amanhã.”

Em 2025, o Carnaval brasileiro caminha de mãos dadas com o Dia Internacional de Luta das Mulheres, celebrado em 8 de março. São tempos de festa, mas também de resistência!

Diante de um cenário nacional e internacional marcado pelo avanço da extrema-direita e por toda sorte de ódio e violência, torna-se ainda mais urgente ocupar os blocos e os becos, as ruas e as redes com o paraíso que queremos.

O paraíso não é uma abstração, mas um projeto ético, teológico e político, movido pela esperança de um país mais justo para todas as pessoas – sobretudo aquelas atingidas pelo machismo, o racismo, a LGBTfobia e tantas outras formas de opressão.

O chamado Me Eleva ao Paraíso convida nossos corpos plurais e diversos no mundo a se permitirem sonhar, desejar o prazer de viver e gozar, apesar das mazelas do mundo. Fazer festa, dançar pela liberdade a caminho da justiça social e reprodutiva e do Bem Viver.