No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas por lutarem por soluções para os problemas sociais da República Dominicana, após constantes perseguições e prisões.
Em 1981, organizações de mulheres reunidas em Bogotá (Colômbia) instituíram o dia 25 de novembro como o “Dia da Não Violência Contra a Mulher”, homenageando as irmãs dominicanas. Em 1999, a Assembleia Geral da ONU proclamou a data como o “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher”.
De lá para cá, a violência contra as mulheres continua destruindo sonhos, futuros, famílias e um projeto de sociedade justa. Uma mulher é vítima de feminicídio a cada sete horas no Brasil. Somos o quinto país que mais mata mulheres. A cada dois minutos, uma mulher brasileira é vítima de violência doméstica. Em 2019, o Brasil bateu recordes de registros de estupro contra meninas e mulheres. Quase metade das mulheres brasileiras já sofreu algum assédio sexual no trabalho. A cada quatro mulheres, uma sofre violência obstétrica durante o parto. De acordo com o Mapa da Violência 2015, a taxa de mortes de mulheres negras cresceu 54%, enquanto que a de mulheres brancas caiu 9,8%. Seis mulheres lésbicas por dia são vítimas do estupro corretivo no Brasil. Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), uma mulher trans é assassinada a cada três dias.
Não são números. Cada dado é uma história interrompida pelo patriarcado.
Assim, hoje (25/11) se inicia a Campanha Mundial de Combate a Violência Contra as Mulheres, que se estenderá até o dia 10 de dezembro, “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. Mais uma vez, Católicas pelo Direito de Decidir manifesta seu fiel compromisso na construção de uma sociedade que não arranque das mulheres a sua dignidade e vida, e que garanta pleno exercício de seus direitos e cidadania.
Católicas pelo Direito de Decidir
25 de novembro de 2020