A violência obstétrica é denunciada pelo movimento feminista há décadas. Trata-se de uma violação dos direitos das mulheres, que afeta sua integridade física e psicológica, assim como pode por sua vida em risco. Tal violência acontece de diversas maneiras: quando um profissional de saúde se nega ou demora a realizar o atendimento; constrange, humilha ou ameaça a paciente; induz ou força a cesárea sem necessidade; impede a permanência do/da acompanhante da mulher; faz procedimentos invasivos desnecessários e sem anestesia; entre outras situações. Infelizmente, este tipo de violência contra a mulher é comum durante a gestação, o parto e em casos de abortamento.
Mesmo que tal violência seja injustificável, ela tem suas motivações: desinformação, despreparo dos profissionais envolvidos, preconceito, misoginia, ou até a influência de visões fundamentalistas religiosas que afetam a liberdade, saúde e direito sexuais e reprodutivos das mulheres.
Mulheres que sofreram ou têm conhecimento sobre este tipo de violência podem fazer sua denúncia no Mapa da Violência Obstétrica. O Mapa foi criado por uma vítima e está sendo administrado pela ONG Artemis. Criada em 2013, a Artemis tem o objetivo de “prevenir e erradicar a violência obstétrica” no Brasil, contribuindo com a criação de políticas públicas e sensibilizando a sociedade.
Segundo a presidenta da ONG, Raquel Marques, as denúncias relatadas no site serão utilizadas em audiências públicas sobre o tema, além disso, são uma referência para pesquisadores, jornalistas e para as próprias mulheres que precisam de apoio para fazer suas denúncias.
Para conhecer o Mapa da Violência Obstétrica, clique aqui.
Outra referência importante sobre o tema é o folder produzido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Para ler o material clique aqui!