Campanha da Fraternidade de 2016: Casa comum, nossa responsabilidade
O que dizem as mulheres católicas e feministas sobre a Campanha da Fraternidade?
O que dizem as mulheres católicas e feministas sobre a Campanha da Fraternidade?
Para elas, “o aborto não é pecado quando as mulheres tomam essa decisão com consciência”.
Católicas da América Latina e da Espanha destacam a atuação do Papa Francisco em prol das minorias, mas pedem que a Igreja reveja sua postura diante da realidade do aborto no mundo.
Bispos se reúnem em Sínodo extraordinário para abordar os “desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
No último dia 28 de Setembro (Dia pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe), a rede Latino-americana de Católicas pelo Direito de Decidir compareceu à Nunciatura Apostólica no México para encaminhar uma carta ao Papa.
Até quando o ministério supremo da Igreja Católica continuará baseando-se no controle do sexo e na sexualidade? E até quando os direitos das mulheres serão negados?
A cada 8 de março nos perguntamos o que há para comemorar. Este ano, Católicas pelo Direito de Decidir tem uma razão particular para celebrar. Dias atrás, pesquisa realizada em 12 países confirmou o quanto nossas convicções e nosso ideário refletem o que pensa e vive uma grande parte, se não a maioria de fieis católic@s em todo o mundo: os princípios morais pregados pela igreja no campo da sexualidade não são aqueles pelos quais regem suas vidas.
No Brasil o aborto é admitido — em todos ou alguns casos — por 81% da população católica, segundo dados da pesquisa “A Voz do Povo” realizada pelo instituto de pesquisas Bendixen&Armandi International, a pedido do portal de notícias hispano-americano Univisión.
Diante das palavras do Papa Francisco sobre o “descarte de seres humanos”, Católicas pelo Direito de Decidir (Brasil) manifesta-se com as companheiras da América Latina. Expressamos nossa tristeza e indignação pelo descaso da Igreja diante do “descarte” de mulheres, fruto da violência cometida contra elas, em todo o mundo.
Os escândalos de pedofilia na Igreja católica contribuíram para minar sua credibilidade. Tão grave quanto a prática da pedofilia é a atitude da hierarquia católica, que esconde padres denunciados por suas vítimas, transferindo-os de paróquias e estabelecendo a “política do silêncio”, que nega acusações e protege padres agressores.