Marcha das Vadias de Campinas é sábado, dia 27
Ativistas marcharão pela descriminalização do aborto no Brasil
Ativistas marcharão pela descriminalização do aborto no Brasil
Pesquisadora feminista analisa o fundamentalismo que prejudica os direitos humanos no continente, assim como as estratégias feministas para combatê-lo.
Pesquisadora feminista analisa o fundamentalismo que prejudica os direitos humanos no continente, assim como as estratégias feministas para combatê-lo.
Foi com perplexidade que recebemos a notícia de que o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, revogou a Portaria nº 415, de 21 de maio de 2014. A Portaria estabelecia o registro específico, na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), dos procedimentos de aborto previstos em lei, medida que foi por nós comemorada por significar um passo à frente para a garantia dos direitos das mulheres e por estar sintonizada com os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A redução das mortes maternas é uma das preocupações da Organização das Nações Unidas (ONU) que a elegeu como uma das Metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, no ano de 2000.
No Brasil o aborto é admitido — em todos ou alguns casos — por 81% da população católica, segundo dados da pesquisa “A Voz do Povo” realizada pelo instituto de pesquisas Bendixen&Armandi International, a pedido do portal de notícias hispano-americano Univisión.
Diante das palavras do Papa Francisco sobre o “descarte de seres humanos”, Católicas pelo Direito de Decidir (Brasil) manifesta-se com as companheiras da América Latina. Expressamos nossa tristeza e indignação pelo descaso da Igreja diante do “descarte” de mulheres, fruto da violência cometida contra elas, em todo o mundo.
Neste momento em que celebramos o dia de luta pela legalização do aborto, queremos compartilhar nossa reação às palavras do Papa Francisco em sua entrevista concedida recentemente.
O aborto inseguro é a terceira causa de morte de brasileiras. Segundo o Ministério da Saúde, ocorrem cerca de 1 milhão de abortos por ano e 180 mulheres morrem após o aborto inseguro, principalmente as jovens, pobres e negras. Os dados são alarmantes e têm impulsionado, ao longo das últimas três décadas, a atuação de diversos grupos de mulheres e feministas que lutam pelos direitos, dignidade e saúde das mulheres. Católicas pelo Direito de Decidir está entre esses grupos.
Vimos a público expressar nossa concordância com a atitude da Presidenta Dilma Rousseff por sancionar o PLC 03/2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual e nosso apoio à Ministra Eleonora Menicucci, Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres.